Preciso recorrer a válvula do poema para despertar o Taj Mahal
que vive sobre as pontes formadas por teu corpo e meu corpo,
nas fotografias astecas nunca morro, nunca morres;
o centro da amêndoa manhã se faz ídolo de cerâmica ante aos beijos teus,
és o dom de amarrar cálices de gelo no sopé das árvores,
a guirlanda de flores petrificadas que envolve meu ventre e o teu
que vive sobre as pontes formadas por teu corpo e meu corpo,
nas fotografias astecas nunca morro, nunca morres;
o centro da amêndoa manhã se faz ídolo de cerâmica ante aos beijos teus,
és o dom de amarrar cálices de gelo no sopé das árvores,
a guirlanda de flores petrificadas que envolve meu ventre e o teu
Dinamarca-Mulher, a feitura dessa obra liberta de vocábulos
que nunca se trancafiam nas rédeas do comum
diante de tua beleza extravagante,
de tua voz que rasga para o sempre meu coração de tudo,
a via láctea de nada
que nunca se trancafiam nas rédeas do comum
diante de tua beleza extravagante,
de tua voz que rasga para o sempre meu coração de tudo,
a via láctea de nada
Só o superlativo me interessa, sou o superlativo,
a reação atômica em cadeia amorosa se espalhando
pelos contornos de teus seios,
os bilhões de cometas noturnos que se afundam
na geleias da alma tremula
a reação atômica em cadeia amorosa se espalhando
pelos contornos de teus seios,
os bilhões de cometas noturnos que se afundam
na geleias da alma tremula
A angustia alimenta o poema, é o combustível,
não se preocupe,
é na hora do quase suicídio que nasce a obra das obras
não se preocupe,
é na hora do quase suicídio que nasce a obra das obras
Herdamos a dor dos metais derretidos,
das pedras e dos ossos partidos,
da carne rasgada pelos dentes das feras do amor
e da fome explosiva
das pedras e dos ossos partidos,
da carne rasgada pelos dentes das feras do amor
e da fome explosiva
De volta ao Taj Mahal
mergulhado nas combinações de nossos líquidos seminais
mergulhado nas combinações de nossos líquidos seminais
Se não cuspirmos os espinhos não continuaremos,
se não comermos espinhos, não continuaremos, é assim,
o espinho é vital para que aprendamos a vomitar
e ejacular nosso canto de víboras pelas faces
se não comermos espinhos, não continuaremos, é assim,
o espinho é vital para que aprendamos a vomitar
e ejacular nosso canto de víboras pelas faces
A flor azulada do breu luminoso, agora vai falar,
atender os apelos das canções que ouves de minha boca,
de tua boca, bocas mães de todas as esferas
e dimensões que são espelhos de outras dimensões,
que não sei dizer, que sei dizer assim que os beijos de teus beijos...
se atracarem com os beijos de meus beijos
atender os apelos das canções que ouves de minha boca,
de tua boca, bocas mães de todas as esferas
e dimensões que são espelhos de outras dimensões,
que não sei dizer, que sei dizer assim que os beijos de teus beijos...
se atracarem com os beijos de meus beijos
( edu planchêz )
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